quinta-feira, 2 de julho de 2015

Operação no PA prende suspeitos por fraudes em créditos florestais

Entre os presos está uma servidora e um ex-funcionário da Semas.
Empresários do setor florestal eram beneficiados com alterações no Sisflora.
Uma operação da Polícia Civil, realizada em parceria com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e o poder judiciário, prendeu em Belém, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, em Itaitubae Tucuruí, pelo menos 10 pessoas suspeitas de participação em fraudes de créditos florestais. Os suspeitos foram levados para a sede da Delegacia Geral, na capital, na manhã desta quarta-feira (1º). O delegado Marcos Miléo, que conduziu as investigações, estimou, pela manhã, que mais de R$ 400 milhões teriam sido liberados só neste ano em movimentações fraudulentas. Após a coletiva de imprensa, a estimativa divulgada foi que as fraudes tenham movimentado mais R$ 300 milhões em quatro meses.
Segundo a polícia, entre os presos estão uma engenheira florestal, funcionária da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), e um ex-funcionário da Secretaria. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos que podem comprovar as irregularidades. Em nota, a Semas nega que a engenheira florestal presa nesta quarta seja funcionária do órgão e esclarece que uma servidora foi presa na primeira fase da operação “Crash Wood”, em março deste ano, e que após a abertura de processo administrativo interno, ela foi desligada do órgão.
De acordo com a polícia, pessoas envolvidas com negócios na área florestal, como empresários e madeireiros, eram beneficiadas com alterações numéricas realizadas no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), que controla a comercialização e o transporte de produtos florestais no Pará e possibilita a emissão de créditos florestais, e era operado por servidores da Semas. G1