A mídia nacional continua repercutindo os números positivos da produção industrial no Pará, divulgadas na terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa realizada pela instituição revelou que o Estado foi o único a apresentar crescimento em 2016 (9,5%), enquanto o restante do País registrou uma queda de 6,6%. O quadro favorável foi destaque no jornal “RedeTV! News”, com comentário da jornalista de economia Salete Lemos, que definiu o Estado como “uma oportunidade interessante de emprego".

Salete Lemos também destacou a criação do polo têxtil na região oeste paraense. “O Pará tem a matéria-prima da indústria, que é a celulose solúvel, uma reviravolta nos negócios para quem exporta. O Pará exportava a celulose para a China, que com essa matéria-prima acelerava sua produção, invadindo os mercados com roupa barata. Ou seja, nós vendemos a matéria-prima e compramos o produto acabado, uma equação que vai mudar com a criação do polo têxtil no Estado do Pará”, reiterou.
O protocolo de intenções para viabilizar um polo industrial têxtil na região oeste paraense foi firmado entre o governo do Estado e a empresa Jari Celulose, no final do ano passado. O empreendimento será instalado no município de Almeirim, mas com possibilidade de implantação de empresas do setor em outros municípios. Com a iniciativa, o Pará vai agregar valor à celulose solúvel, matéria-prima mais barata para a produção têxtil.
Pará 2030 - A iniciativa foi fruto de uma construção coletiva, que congrega governo e setor produtivo em busca de novos investimentos, visando ampliar a geração de emprego e renda para a população, por meio de incentivos adequados, melhoria da infraestrutura e logística para as cadeias produtivas estratégicas, priorizadas no Programa Pará 2030.
O Pará também foi apresentado como o estado do Norte do Brasil que mais recebeu investimentos nos últimos anos, e tem potencial em diversas áreas para geração de emprego e renda. “Entre os principais investimentos estão energia, mineração, logística, infraestrutura, turismo, ciência, tecnologia e inovação, milhares de oportunidades. O sucesso do Estado está na gestão, educação e exportação”, acrescentou a jornalista.
A questão geográfica também foi ressaltada na avaliação de Salete Lemos. “O Pará tem uma localização geográfica privilegiada, e com a ampliação do canal do Panamá o Estado terá real possibilidade de se consolidar como a melhor rota comercial do Brasil junto ao principal mercado consumidor do mundo, que é a Ásia”, finalizou.
Fonte: Agência Pará