Artur Von Groll Leverguini, filho de Ademilson Leverguini e Katiane Von Groll Leverguini, irmão de Cauã Von Groll Leverguini, residentes na cidade de Uruará - Pará - Brasil, nascido em 25/11/2011.
Artur tinha uma vida tranquila, feliz e cheia de aventuras junto a todos da família e amigos, até que no dia 26/08/2015, por volta das 21:30 hs o pequeno caiu após se pendurar em uma rede, e bateu de cabeça em um colchão que estava no chão. Cerca de 30 a 40 minutos após a referida queda Artur começa a sentir perca de forças nas mãos, no mesmo instante levamos ele ao hospital na cidade de Uruará e um exame de raio X mostra uma alteração entre as vértebras C1 e C2 da coluna cervical, deste momento em diante inicia-se uma corrida pra retirar o pequeno para Altamira.
Descartado pelo médico a possibilidade de transporte terrestre, foi providenciado transporte aéreo, que só poderia ser feito no dia seguinte, e durante está longa e angustiante noite, Artur gradativamente perde toda a capacidade de se locomover e por último já pela manhã a capacidade de respirar, foi entubado no Hospital Municipal de Uruará e encaminhado ao Hospital Regional Público da Transamazônica em Altamira - HRPT, onde encontra-se desde então.
Após um dia na Unidade de Tratamento Intensivo - UTI, Artur tem uma parada cardíaca e o coração perde a capacidade de bater sozinho, precisando de medicamento especifico para estimular as contrações cardíacas.
Diagnósticos médicos sempre desanimadores devido a gravidade do caso. Teve momentos que médicos não acreditavam que ele amanheceria o dia com vida.
Katiane e Eu revesávamos nos cuidados e sentíamos que ele batalhava pela vida, nos momentos que conseguia falar nos dizia que ainda não ia morar no Céu, e nos motivava a seguir firmes de pé, noites a fio, acariciando sua rosada bochecha e com a testa encostada a sua para dar-lhe segurança.
Enquanto nos dedicávamos exclusivamente a ele uma multidão de pessoas em oração, em vigila, sempre pedindo a Deus e acreditando em sua recuperação.
Após 18 dias de grande angustia, a exatas 3 da manhã enfrentamos mais uma intercorrência, batimentos cardíacos zerados e oxigenação do sangue zerada, monitores disparados e médica e enfermeiras em alvoroço. Neste momento eu sem conseguir andar, pois força não possuía mais, voltei meu pensamento a Deus e entreguei meu filho a seus cuidados, então disse-lhe: senhor, este é teu filho que tu confiaste a mim, se tu queres ele de volta podereis levar e prometo que me resignarei a entender suas decisões, mas se não é de tua voltada coloque sua mão e faça com que ele melhore, Deus em resposta a todas as pessoas que elevaram seus pedidos pela sua melhora, devolve pela mão da doutora e das enfermeiras seus batimentos, e de zero passou a 15, 25, 35, até chegar a a 65 e deste momento em diante não tivemos mais intercorrências graves.
Até aquele dia o pequeno Artur nunca havia sido sequer virado de lado na maca, pois qualquer tentativa de movimenta-lo via-se uma reação catastrófica. Imóvel sobre uma placa de vidro o pequeno inchava a cabeça por falta de circulação sanguínea, vigésimo dia especialista vindo de Belém senta-se comigo e Katiane e nos explica detalhadamente os riscos de vira-lo de lado e os de não vira-lo, solicitando que se assumíssemos o risco de ele falecer eles iriam tentar vira-lo, crente no que Deus havia feito ha noite anterior, autorizamos e o pequeno foi cuidadosamente tombado pra direita, olhos atentos aos monitores e na mão firme do Doutor que segurava sua cabeça estava a mão de Deus, sem maiores problemas Artur passa a ser virado de lado a cada 3 horas. Ora para esquerda de volta a dorsal, hora a direita. vigésimo terceiro dia (23) desliga-se a droga que estimula o coração e ele permanece firme.
Dois (2) meses após o ocorrido Artur é avaliado por um especialista do Hospital Sírio Libanês de São Paulo, que veio a Altamira por interferência do HRPT, no momento solicita um exame chamado Eletroneuromiografia do nervo frênico bilateral. E nos explica que se os nervos frênicos estiverem preservados em sua raiz, seria indicado um implante de Marca-passos diafragmáticos, que faria o estimo do diafragma fazendo com que o pequeno volte a respirar sem aparelho, podendo com isso ser possível sua retirada da UTI e do Hospital, dando-lhe maior qualidade de vida, diminuindo os riscos de infecção, bem como liberando o leito pra outros pacientes.
Por se tratar de um exame muito especifico, passa-se 3 meses de muita mobilização até conseguir a realização do exame, feito no feriado de carnaval.
Exame constata que Artur está apto ao implante, grande era nossa apreensão, tanto assim foi nosso alivio e alegria, passado o momento da euforia ao resultado do exame, vem o orçamento da cirurgia e do referido marca-passo diafragmático.
Quase 1 milhão de reais está orçado, exatamente 964 mil reais e aqui estamos nós acompanhados de uma legião do bem, tocados por Deus que encampam nossa luta...