Na tarde de hoje (26), agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) esteve na cidade de Placas cumprindo mais uma etapa da Operação Malha Verde. A Operação Malha Verde está atuando nos municípios de Itaituba, Rurópolis e Placas, com cerca de 50 agentes do IBAMA e 100 Policiais, sendo Força Nacional, Táticos e Polícia Militar. Dentro das rotinas estabelecidas pela operação, cujo objetivo é fiscalizar empresas exportadoras de madeira e demais produtos florestais, no uso do sistema de controle DOF - Documento de Origem Florestal, agentes ambientais federais apreenderam madeiras e equipamentos de duas serrarias. Segundo informações do agente do IBAMA Tiago Soares, as serrarias já haviam sido autuadas e lacradas em outra ocasião, mais as atividades de beneficiamento de madeira continuava sendo exercida, descumprindo a ordem do órgão.
O agente ainda informou que mediante a ausência dos responsáveis pelas serrarias, seria utilizado o meio de destruição dos equipamentos das serrarias por meio de fogo, mais após várias horas de espera os responsáveis se apresentaram e a ordem de destruição foi suspensa. O agente Tiago ainda ressaltou que, graças a uma fiscalização cada vez mais rigorosa, contando com acesso a vários sistemas corporativos de controle ligados a informações de segurança pública dos órgãos de
fiscalização do Brasil, ficou mais fácil alferir o modus operandis dos infratores.
O procedimento adotado foi à apreensão dos motores principais das serrarias para evitar o funcionamento e apreensão das madeiras que foram encontradas no pátrio, madeiras em tora e serradas. Interrogado sobre o destino das madeiras, ele informou que serão doadas para entidades devidamente legais.
A quantidade em metros não foi informada oficialmente, pois ainda estavam fazendo o levantamento, mais aproximadamente foram apreendidas nas duas serrarias cerca de 400 torras e 250 metros cúbicos de madeira serrada.
A situação na cidade de Placas se agravou referente ao desemprego causado pela operação, em tempos de crise, mais de 100 famílias ficaram desempregadas. Os trabalhadores que permaneciam em seus locais de trabalho estavam revoltados com a situação, pois não sabem o que fazer agora para manter o sustento das famílias.
Os proprietários das serrarias alegam a lentidão nos processo de legalização de suas empresas, isso faz com que se obrigam a trabalhar na ilegalidade uma vez que, precisam de recursos até mesmo para custear todo trâmite da legalização. Entendem que é preciso trabalhar dentro da formalidade, mais o sistema é lento e rígido.
Por Edson Azevedo