Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Estado e a Polícia Civil resultou, nesta quinta-
feira, 19, no cumprimento de doze mandados de busca e apreensão, nos municípios de Castanhal, Santa Maria do Pará e Terra Alta. Ao todo, 12 locais foram alvos da operação. Além da sede da Prefeitura de Terra Alta e da Secretaria de Educação do município, foram realizadas buscas na casa do prefeito Gilvandro Alves Cordovil do Nascimento, na fazenda dele, na casa da filha dele, que é secretária municipal; e na residência de outra secretária, além de seis empresas.
Denominada de operação High Land, a ação é resultante de um procedimento investigatório criminal (PIC) realizado pelo Núcleo de Combate à Improbidade e Corrupção (NCIC), do Ministério Público do Estado do Pará, com apoio da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRDP), unidade policial vinculada à DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), que apura possíveis crimes de desvios de recursos
públicos e corrupção na administração pública da Prefeitura de Terra Alta. "Trata-se de investigação instaurada em desfavor do atual prefeito de Terra Alta em razão das peças de informações inclusas ao PIC do NCIC. A instauração do PIC foi motivada pelos Termos de Declarações prestados pelos vereados do município que relataram fraudes nos procedimentos licitatórios e na execução de diversos contratos entre empresas, muitas delas fantasmas e a municipalidade", explica o delegado Carlos Eduardo Vieira, titular da DRDP.
Além de dar cumprimento aos mandados de busca e apreensão, foram cumpridas conduções coercitivas determinadas judicialmente, especialmente, dos alvos da operação. Os mandados foram cumpridos pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), do MPE, e equipes da Polícia Civil, com finalidade de instruir procedimento investigativo com a deflagração da operação policial. Além de equipe da DRDP, participaram três equipes do GAECO e outras seis equipes da DRCO, da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), da Superintendência de Castanhal e do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) da Polícia Civil.