A promotora de Justiça de Porto de Moz Juliana Felix instaurou, nesta 5a feira (24), um inquérito civil para apurar as causas e responsabilidades do naufrágio ocorrido na última 3ª feira (22) com a embarcação Capitão Ribeiro, no rio Xingu. A embarcação saiu do município de Santarém, oeste do Pará, às 18h de 2ª feira (21) com cerca de 52 pessoas a bordo. O município de Porto de Moz foi um dos locais onde o barco fez escala, por isso o acidente causou tanta comoção na cidade já que muitas vítimas pertencem ao município.
Juliana Felix informou ainda que o Ministério Público do Estado também requisitou à polícia civil do município a instauração de inquérito policial a fim de apurar a responsabilidade criminal do acidente.
Ao cartório de registro civil de Porto de Moz a promotora enviou recomendação para que o mesmo não crie obstáculos para a identificação dos corpos. A medida se deu porque o cartório alegou que precisava dos documentos pessoais das vítimas dificultando, dessa forma, a emissão da certidão de óbito.
O MPPA também pedirá o apoio da Capitania dos Portos e a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) para que prestem informações sobre a embarcação. “Posteriormente nós vamos começar a oitiva dos envolvidos tanto dos possíveis suspeitos como dos sobreviventes do naufrágio”, destacou a promotora.
GT Navegação - O transporte marítimo no Estado do Pará vem recebendo atenção especial do Ministério Público que, em junho deste ano, criou o Grupo de Trabalho da Navegação (GT Navegação) do qual fazem parte todos os promotores que atuam na região do Marajó e Santarém, nas cidades localizadas ao longo do rio Amazonas. O objetivo é discutir ações que possam ser implementadas pela Capitania dos Portos e Arcom para a melhoria da qualidade de serviço e da segurança da navegação.
Texto: Assessoria de Comunicação
Fotos: PJ de Porto de Moz