“Ei, corre daí, ‘doido’. Estão assaltando o banco, não ‘tá’ vendo? Te
abaixa, maninho”. Tudo bem, o “maninho” foi meu, pois em Uruará deve
ser uma expressão que não se usa com tanta abundância quanto em Belém.
Parte dessas aspas aconteceu ontem no município de Uruará, localizado a
1000 quilômetros da capital. Cidade situada na Transamargu…, digo,
Transamazônica. Mais um assalto registrado no interior do nosso rico
Pará.
A violência ou roteiro “cinematográfico” é o mesmo. Encapuzados, os
bandidos chegam e promovem o terror, como pode ser visto nas imagens
disponibilizadas nas redes sociais e no famoso site de vídeos. A nossa
polícia, coitada, quase nada pode fazer. Ainda bem que nossa cidade
recebeu investimentos para a segurança pública, com helicóptero e outros
equipamentos. Mas e lá, como em outras cidades, que já viveram o
episódico à véspera de mais um pagamento do sofrido funcionalismo
público? Pouco policiamento? A facilidade da fuga por estradas
secundárias favorece?Olhando sob esse prisma,
parece sobrar para o poder estadual. Mas, vamos analisar aos olhos do
povo que ficou no meio do fogo cruzado. A agência bancária garantia o
mínimo de segurança aos seus clientes ou não? Um amigo disse que é
ladrão roubando ladrão, já que todos sabem das taxas cobradas pelos
bancos. Pesquisas mostram que somos o país com os bancos mais rentáveis
do planeta. E o atendimento ao cidadão que perde uma manhã ou tarde (ou
ambos) nas intermináveis e incontáveis filas? Como já disse no começo do
texto: “ei, corre daí”. E tente usar os maravilhosos serviços de
internet banking. Quando a operadora telefônica permitir. Por: Edvaldo Leite