Sabrina Craide Repórter da Agência
Brasil Brasília –
O Consórcio Belo Monte, que reúne as prefeituras, as câmaras
de vereadores e a sociedade civil de 11 municípios da região onde está sendo
construída a Hidrelétrica de Belo Monte, divulgou um comunicado ontem (27)
manifestando ''repúdio e enorme preocupação'' com a paralisação das obras da
usina. O grupo diz que respeita a posição dos membros do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1), que votou pela suspensão do empreendimento, mas
não aceita a decisão, que representa ''praticamente a insustentabilidade de uma
nação comprometida com o desenvolvimento''. ''Essa paralisação só trará
prejuízos, muita insegurança e incertezas pra todos, deixando de lado as
melhorias da saúde, educação, segurança pública'', diz a nota, assinada pelo
presidente do Consórcio, Eraldo Pimenta, que também é prefeito de Uruará. O
consórcio argumenta que foram feitas diversas consultas públicas com a participação
de índios, ribeirinhos e a população. Os prefeitos também alertam para as um
possível desemprego em massa dos trabalhadores do empreendimento, com a
paralisação da obra. No dia 14 de agosto, o TRF1 votou pela suspensão imediata
das obras de Belo Monte por descumprimento à determinação da Constituição
Federal que obriga audiências públicas com as comunidades afetadas antes da
autorização das obras pelo Congresso Nacional. Na última quinta-feira (23), a
Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF que seja suspensa a decisão da
Justiça Federal.