Depois de um ano e quatro meses sem
cargo político, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa)
Domingos Juvenil (PMDB) se lançou, no último sábado, pré-candidato a prefeito
de Altamira. No mesmo instante em que Juvenil e seus correligionários festejavam o
lançamento da candidatura, o Ministério Público do Estado do Pará (MPE) estava
concluindo mais uma denúncia por improbidade administrativa na Alepa, contra
pelo menos 34 pessoas. Entre elas, está o ex-presidente da Casa de Leis
Domingos Juvenil, que é réu em outras ações de irregularidades. Desta vez o
foco do processo é o desvio na folha de pagamento da Alepa na gestão de
Juvenil.
Apesar de ser filho nato da cidade
de Vigia, no nordeste paraense, Juvenil desde a década de 70 escolheu essa região
da Transamazônica para se candidatar a cargos políticos. Já foi deputado
estadual, federal, por duas vezes prefeito de Altamira e ocupou vários cargos
de chefia no Estado, no período em que Jader Barbalho
foi governador do Pará. Por último, conseguiu permanecer por quatro anos como
presidente da Alepa na gestão da então governadora Ana Júlia Carepa (PT).
Durante essas quatro décadas de
vida pública, Juvenil coleciona fãs, bem como dezenas de processo judiciais por
improbidade administrativa, falta de prestação de contas, licitações
fraudulentas e muitas outras irregularidades, mas como os processos ainda aguardam
sentenças, ou seja, ainda não foram julgados, não se pode chamá-lo de candidato
ficha suja.
Aos 78 anos de idade, Juvenil volta
à cidade de Altamira, agora como candidato a prefeito, e em seus
pronunciamentos, tanto no rádio quanto na TV, propõe-se a resolver todos os
problemas que o município enfrenta hoje, inclusive aqueles que já existiam no
período em que ele foi prefeito de Altamira, entre os anos de 2000 a 2004. Entre eles o
lixão a céu aberto, a situação do hospital municipal, a falta de salário digno
para os professores, a recuperação dos mais de 2 mil quilômetros de estradas e
vicinais na zona rural e muitos outros problemas que ele, como gestor, não
conseguiu resolver antes. (Amazônia ORM)