Nove pessoas foram presas em flagrante quando desmatavam uma reserva indígena do Pará.
Flagrante ocorreu na terra indígena Cachoeira Seca. Detidos são parte menor de quadrilha que extrai madeira ilegalmente e vende para o exterior
Segundo os fiscais do Ibama, eles são a parte menor de uma quadrilha que extrai a madeira
ilegalmente e vende até para o exterior.
ilegalmente e vende até para o exterior.
É como se um imenso tapete verde estivesse cheio de buracos. Resultado da exploração ilegal de madeira na terra indígena Cachoeira Seca, que tem quase cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo. De perto, o desmatamento impressiona ainda mais. Os fiscais do Ibama percorreram uma estrada de terra de mais de 100 quilômetros de extensão que foi aberta por madeireiros na terra indígena.
No percurso, encontraram dezenas de toras de madeira nobre, como ipê, maçaranduba e angelim, prontas para serem transportadas. E também flagraram caminhões entrando e saindo da floresta.
Nove pessoas foram detidas por transporte e exploração ilegal de madeira. O acampamento onde estavam foi incendiado por agentes do Ibama, assim como oito tratores e caminhões. Um decreto permite ao Instituto destruir equipamentos usados em crimes ambientais quando não há condições de apreendê-los, por exemplo, em áreas de difícil acesso.
Mas na rodovia Transamazônica o Ibama apreendeu dois caminhões carregados de madeira sem documentação.
Em junho, o Bom Dia Brasil mostrou a denúncia do desmatamento na Cachoeira Seca. Madeireiros estariam vendendo madeira roubada da terra indígena usando notas fiscais falsificadas.
O Ibama agora quer descobrir quem está financiando o desmatamento ilegal na terra indígena e para onde vai a madeira. A equipe de fiscalização já ouviu os trabalhadores que foram detidos e começou a identificar várias serrarias do sudoeste do Pará que abastecem o mercado nacional e também vendem para o exterior.
“É uma organização criminosa de fato, essas pessoas não agem de forma isolada, já têm para qual serraria levar, a serraria não recebe a madeira sem ter também a possibilidade de documentar, de esquentar essa madeira, dilapidando um patrimônio brasileiro”, diz o coordenador do Grupo Especial de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral.
As nove pessoas detidas já foram liberadas. Elas foram multadas pelo Ibama por transporte e exploração ilegal de madeira e também podem responder na Justiça por crimes ambientais e furto. G1-Pa