Além dos 500 km2 da floresta amazônica previstos, desmatamento pode ser maior
A previsão da Norte Energia para construir a hidrelétrica de Belo Monte é a de desmatar 500 km2 da floresta amazônica na região do Rio Xingu, no Pará. Ou seja, isso é só para a obra da usina em si.Mas uma construção desse porte, com alteração na dinâmica econômica da região, pode estimular mais desmatamentos. Pelo menos é o que prevê Paulo Barreto, do Imazon, um dos pesquisadores do estudo sobre esses impactos na região.
“Um investimento de grande porte tende a estimular imigração e aumenta a circulação de capital localmente. Estes dois fatores tendem a estimular a demanda por produtos agropecuários, que por sua vez estimula o desmatamento. Ou seja, é um estímulo indireto. Esse desmatamento não contabiliza a área desmatada diretamente para a instalação da obra, como a área do reservatório e dos canteiros de obras”.