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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Polícias Civil e Militar prendem parte do grupo criminoso que assaltou banco em Mocajuba

As Polícias Civil e Militar transferiram, nesta segunda-feira, 7, para Belém três homens presos, na noite de ontem, na zona rural de Tailândia, sudeste paraense, acusados de envolvimento no assalto ao Banco do Brasil, em Mocajuba, no último dia 1º. Com eles, foram trazidos para a capital paraense 12 armas de fogo, dez delas de grosso calibre; dezenas de munições; cerca de R$ 40 mil em dinheiro
roubado do banco; coletes balísticos; luvas e fardamento usados no crime.
As informações sobre a operação policial que resultou nas prisões foram prestadas durante entrevista coletiva, na Delegacia-Geral. Durante a ação policial, houve reação de dois suspeitos que atiraram nos policiais na chegada a uma fazenda. Na troca de tiros, os suspeitos morreram. Os presos e apreensões foram transferidos para Belém em um avião do Grupamento Aéreo de Segurança Pública, pela manhã, com chegada no Hangar do Governo do Estado, no Aeroporto de Val-de-Cães. Os presos foram identificados como Julio dos Anjos Santos, João Vieira Sobrinho e Alan da Silva Pinheiro. 
Os mortos são Gendron Carlos Pinto Ferreira Junior e Henoc Alves Fernandes, identificado como líder do grupo. Durante a tarde, foi preso em Tailândia Enoque da Silva Santos, dono do terreno que era usado pelos assaltantes como esconderijo. Das armas apreendidas, dez são armas como fuzis, submetralhadoras e escopetas, e duas pistolas. Ao todo, dez homens participaram diretamente do assalto fora o pessoal de apoio. As investigações continuam. O delegado Silvio Maués, diretor de Polícia Especializada da Polícia Civil, explica que as prisões e apreensões resultaram da rápida reação do Sistema de Segurança Pública do Pará à ação criminosa.
"Temos um planejamento construído para tentar evitar ocorrências de roubos a bancos, mas quando não é possível evitar, contamos com pessoal e recursos de deslocamento via aéreo para darmos uma pronta resposta. Isso nos tem possibilitado êxito nas ações policiais com respostas em curto prazo", detalha o policial civil. Ele salienta que, assim que chegou ao conhecimento a ocorrência do assalto ao banco, foram deslocados policiais civis e militares de Belém, para reforçar os efetivos de policiais da região, nas buscas aos assaltantes. 
De início, após a fuga dos criminosos da sede do município em direção à área rural, os policiais passaram a diligenciar pelas estradas vicinais em busca de informações sobre o paradeiro dos assaltantes. Foi assim que parte do grupo foi localizado. Conforme o coronel Sergio Alonso, diretor do Departamento Geral Operacional da PM do Pará, foram acionados policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) que embarcaram na aeronave do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado (Graesp) com destino ao local da ocorrência.
O tenente-coronel Rosinaldo Conceição, titular do Comando de Policiamento Regional do Baixo-Tocantins, que responde pelo policiamento na região de Mocajuba, explica que, de imediato, os policiais militares do município agiram no plano de contingência, evitando confrontos com os assaltantes para preservar a vida dos reféns. Depois que os reféns foram liberados, os policiais militares passaram a monitorar o deslocamento do grupo criminoso em conjunto com a Polícia Civil local. No deslocamento dos policiais para Mocajuba, explica Conceição, foram traçadas estratégias de ação.
De início, os policiais passaram a seguir os vestígios deixados pelos assaltantes na fuga. A todo momento, explica o tenente coronel, foram trocadas informações com a Polícia Civil para as investigações. Durante as incursões, detalha o delegado André Costa, diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil, os policiais conseguiram descobrir o local que servia de base para os assaltantes. Era uma fazenda na comunidade de Vila Macarrão, a 25 quilômetros da sede do município. Suspeitos de envolvimento no assalto foram vistos, na noite de ontem, no momento em que saíam do local para pegar um carro que seria usado para conduzir outros assaltantes que estavam escondidos na região. 
Foi então que a equipe policial comandada pelo delegado Tiago Belieny, da DRCO, e capitão Eder Santos, da COE, foram até a fazenda para fazer a abordagem na casa dentro do terreno. No momento da entrada no local, os policiais foram recebidos a tiros. Após a troca de tiros, os dois suspeitos que estavam no local morreram. Outros três comparsas foram presos no local. Mais adiante, cerca de 200 metros dentro da fazenda, os policiais encontraram mais armas escondidas debaixo de madeiras. Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da DRCO, delegado Evandro Araújo, de janeiro até agora, quatro ocorrências de roubos a bancos, na modalidade conhecida como "novo cangaço", aquela em que os bandidos chegam atirando no banco e fazem reféns, foram registradas no Pará. Todos os casos foram esclarecidos, com prisões de dois grupos de assaltantes e apreensões de diversas armas. "Cada arma que é retirada das mãos de criminosos é menos um crime registrado nas ruas", destaca.
Com informações PC-Pa