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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

MPF-ES bloqueia bens de mais envolvidos no caso Telexfree

Toda a investigação sobre a Telexfree no Brasil está sendo feita em conjunto entre MPF-ES, Polícia Federal e Receita Federal
O Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES) conseguiu aprovar na Justiça o sequestro de bens, o bloqueio de contas e valores e o afastamento do sigilo bancário e fiscal de uma empresa e de outras seis pessoas, todas ligadas à Telexfree no Espírito Santo. As informações são do site da Procuradoria da República.
A segunda fase da Operação Orion teve início nesta sexta-feira (24), junto com a Receita Federal e com a Polícia Federal. Na primeira fase da operação, em julho deste ano, foram apreendidos diversos documentos com indícios acerca do envolvimento de novas pessoas no esquema de pirâmide financeira. Ainda na sexta-feira, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na sede de uma empresa e em três residências, em Vitória e Vila Velha.
O inquérito que apura a possível ocorrência de crimes praticados pela Telexfree e pelos seus sócios no País foi instaurado por requisição do MPF-ES. Todo o material apreendido até agora, bem como o apreendido na primeira parte da Operação Orion, está subsidiando as investigações de crime contra o sistema financeiro nacional (oferta pública de valores mobiliários sem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários); contra a economia popular (pirâmide financeira/ Ponzi); evasão de divisas; lavagem de dinheiro; e sonegação fiscal.
Toda a investigação sobre a Telexfree no Brasil está sendo feita em conjunto entre MPF-ES, Polícia Federal e Receita Federal. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados porque o processo tramita sob sigilo na Justiça Federal do Espírito Santo.
Atualmente, a Telexfree é alvo de uma ação civil pública na 2ª Vara Cível de Rio Branco, no Acre. Também é alvo de investigação nos Estados Unidos pelo cometimento de fraude eletrônica instrumentalizada por uma pirâmide financeira. A Justiça americana, inclusive, determinou em abril o congelamento dos bens do grupo Telexfree. O pedido foi feito pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e determinado pelo Tribunal Distrital de Boston.