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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

- Acidente mata mãe e três filhas e deixa pai ferido

 Pará - Um acidente entre um carro Fiesta e um ônibus da empresa Transnobre deixou quatro mortos por volta das 18h40 de ontem, no km 71 da BR-316, município de Castanhal. Maria Raimunda Moreira Coelho, 36 anos, e suas filhas Raissa Moreira Coelho, 16 anos, Bianca Moreira da Costa, 8 anos e Débora Moreira, morreram na hora e ficaram presas nas ferragens. 
O motorista do Fiesta, Diogenes da Costa, marido de Raimunda e pai das outras vítimas, trabalha como gerente do Banco do Brasil no município de São Miguel do Guamá, onde a família morava. Ele foi socorrido e levado para um hospital de Castanhal. Pela gravidade do seu estado de saúde, foi transferido para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua. Ele teve traumatismo na face, no crânio e uma lesão no braço direito. Diogenes passou por uma cirurgia e o estado saúde dele é estável. 
Para fazer a retirada dos corpos, os bombeiros precisaram cerrar o teto do veículo. Os corpos foram recolhidos pelo Centro de Perícias Científicas de Castanhal (CPC). O perímetro se tornou um dos mais perigosos da região do nordeste paraense e já foi cenário de inúmeros acidentes envolvendo vítimas fatais. Nenhum dos passageiros do ônibus ficou ferido.Segundo Jaime Costa, motorista do ônibus, que faz transporte intermunicipal e estava retornando com 48 passageiros da cidade de São Domingos do Capim para Castanhal, um terceiro veículo -ônibus de turismo - fez uma ultrapassagem perigosa, o que obrigou o condutor do Fiesta a desviar para o acostamento. No entanto, ao voltar para a pista, o motorista perdeu o controle e o veículo capotou até bater no coletivo intermunicipal. 
“Eu vi tudo e quando percebi que o veículo estava capotando na minha direção eu comecei a frear. Quando bateu em mim eu estava com a velocidade bem reduzida”, contou.Ainda segundo os ocupantes do ônibus intermunicipal, o motorista do outro ônibus, que não chegou a ser identificado, seguiu a viagem sem prestar socorro. Várias testemunhas no local do acidente afirmavam que o motorista do ônibus que teria causado o acidente dirigia em alta velocidade. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda avisaram por rádio para acionar outras barreiras localizadas na BR-316 para tentar interceptar o ônibus, mas ele não foi identificado.Maria Raimunda trabalhava com estética e tinha ido para Mocajuba atender clientes. A família retornava para São Miguel do Guamá, onde morava, quando aconteceu o trágico acidente. Segundo Edilson Coelho, irmão de Maria Raimunda, ainda não foi decidido pela família onde os corpos da mãe com as três filhas serão enterrados: se no município de São Miguel onde moravam ou em Mocajuba, onde têm parentes. Para se ter uma ideia da dimensão do impacto do acidente, na escuridão do trecho da rodovia, o motor do carro não foi encontrado.