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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ciência e Saúde - Bebê é nova vítima do calazar em Santarém

Santarém - O aumento nos casos de calazar preocupa as autoridades de saúde no município. Ontem à tarde (quinta-feira,3) foi confirmado mais um caso.
Desta vez um bebê de apenas 1 ano e 2 meses contraiu a doença. Cleisivan Alexsander Araújo Cunha está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Regional há nove dias. De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital o estado da criança é muito grave.No Hospital Municipal há outro caso, trata-se de uma criança de três anos, que foi internada a mais de uma semana, em todo esse tempo o estado de saúde apenas se agravou.Os números são alarmantes, só este ano Santarém foram confirmados oito casos, registrados dois óbitos. Sete pacientes aguardam o resultado de exames, e 87 pessoas estão sendo monitoradas
Campanha de prevenção
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) organiza uma grande campanha de prevenção com o Projeto calazar que deverá visitar, de casa em casa, os bairros: Nova república, São Francisco, Floresta, Matinha, Ipanema, Cambuquira, Vitória régia, e Santo André.
Os agentes farão entrevistas e coletarão material de todos os animais para exame, se for confirmada a suspeita os cães terão que ser sacrificados. Os donos serão monitorados e também farão exames.
Como evitar a doença
Uso de mosquiteiros: impede parcialmente o flebótomo (passa pela maioria das telas);
Borrifação da casa (interior/exterior) e dos anexos (galinheiros, currais, banheiros externos, etc.) com inseticida: é caro; necessita de aplicadores e equipamentos adequados e os prejuízos a longo prazo não são conhecidos.Limpeza do terreno: deve ser feita, pois diminui os criadouros dos mosquitos. Deve se evitar restos de lixo em locais úmidos e sombreados; Criação de animais de sangue quente: deve ser evitada (flebótomos tem predileção por galinha, cavalo e burro). É medida de difícil aplicação; Apreensão e eliminação de cães de rua: deve ser feita pelos órgãos públicos, pois cães vadios, em locais com calazar, costumam estar 5 a 10 vezes mais infectados do que cães domiciliados.