O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira (31), a liberação de R$ 36 milhões para reforçar o atendimento em atenção básica no Pará. Os recursos serão divididos para 85 municípios no custeio de 176 novas Equipes de Saúde da Família, contratação de 503 novos Agentes Comunitários de Saúde, 79 novas equipes de Saúde Bucal, 27 novos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, uma nova Equipe de Consultórios na Rua e duas novas Equipes de Saúde Prisional.
Após visitar as instalações do Instituto Evandro Chagas (IEC), localizado em Ananindeua, o ministro participou de uma reunião onde ouviu diversas demandas de prefeitos e secretários municipais de saúde que se queixaram da falta de investimentos em várias áreas, entre elas, a falta de medicamento para pessoas com o vírus HIV, a falta de recursos para serviços de hemodiálise, condições de trabalho para agentes comunitários da saúde e a falta de verba para concluir as Unidades de Pronto Atendimento (UPA`S).
Na ocasião, a prefeita de Primavera, Renata Sousa, solicitou mais flexibilidade com os recursos que são encaminhados através de emendas parlamentares aos municípios. “Recentemente recebemos várias emendas para compra de equipamentos, mas no momento nossa necessidade é o custeio, então seria de extrema importância que, nós gestores, pudéssemos ter mais autonomia para investir as verbas nas áreas de maior prioridade”, comentou.
Em resposta ao questionamento da prefeita, o ministro da saúde também anunciou que já revogou portarias para que os prefeitos tenham mais independência na administração neste sentido.
Barros também deu retorno ao pronunciamento do prefeito de Chaves, Bira Barbosa, que pediu mais atenção às cidades do Marajó. O ministro informou que nos próximos 15 dias será destinada uma verba para que os municípios do Arquipélago possam fazer aquisição de novas unidades fluviais de saúde.
O Prefeito de Uruará, Gilson Brandão, disse que tem uma UPA concluída, mas sem condições de funcionar, sem ter equipamentos, ressaltando que toda ajudado MS é importante para a reorganização da saúde do seu municípios.
Em seu discurso, o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Pará (Famep), Xarão Leão, reforçou a questão da desigualdade enfrentada atualmente pelos municípios. “A municipalização da saúde sempre foi o maior desafio para os gestores municipais. Infelizmente as políticas públicas de hoje são elaboradas pensando nos municípios do sul e sudeste do país, mas a nossa realidade é completamente diferenciada, então isso deve ser repensado. Por isso sugerimos que este diálogo com o ministro da saúde seja estendido a todas as regiões”, finalizou Xarão.
“Estamos destinando um recurso bastante significativo para o estado do Pará com o intuito de ajudar o gestor a prestar um serviço de mais qualidade à população. É um esforço muito grande que temos feito, não apenas aqui, mas em todo o Brasil. Por isso, vamos manter a boa parceria da União com estados e municípios para que possamos continuar avançando”, destacou o ministro.