A violência continua fazendo vítimas em Araguaína, na região norte do Tocantins. Na noite desta quarta-feira, 14, um peão que estava na cidade para participar do rodeio da exposição agropecuária local foi morto com um tiro durante um roubo em uma casa no setor Jardim Santa Helena.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a ação criminosa aconteceu por volta das 20 horas, na rua Princesa Isabel. Três suspeitos chegaram à casa em um carro, invadiram o imóvel e anunciaram o assalto. A residência tinha sido alugada para abrigar um grupo de peões. Os bandidos exigiram que duas vítimas que estavam na sala entregassem os celulares. Ao sair do quarto, Getúlio Santos da Silva, de 27 anos, reagiu e após luta corporal com os suspeitos, acabou atingido na cabeça por um disparo. O peão morreu na hora.
Os colegas de Getúlio conseguiram prender um dos assaltantes, identificado como Rafael Silva Cavalcante, de 19 anos. Com ele, foi apreendido um revólver calibre 32 municiado. O jovem tem passagens pela polícia e, segundo a PM, tinha deixado a prisão há pouco tempo. Os comparsas de Rafael conseguiram fugir de carro.
O corpo de Getúlio foi encaminhado para exames no Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína, que será sepultado no Pará. Natural de Uruará, o peão, membro da Companhia de Rodeios Ítalo Todde, tinha 8 Anos de rodeio profissional. No auge da carreira, ele colecionava vários títulos em competições pelo país montando em touros e sonhava com uma nova conquista no rodeio da Exposição Agropecuária da Araguaína.
Em nota, o Sindicato Rural de Araguaína, que organiza a Expoara, lamentou o ocorrido e se disse consternado com o latrocínio do jovem peão. "Getúlio, de 27 anos, estava em Araguaína junto com seus companheiros peões para participar das competições que começam nesta quinta, 15, na programação da Expoara 2017", informou a direção do SRA.
Rafael deve ser indiciado por latrocínio, que é o crime de roubo seguido de morte. Ele pode pegar até 20 anos de cadeia. O suspeito deve ter a prisão preventiva decretada pela Justiça e aguardar detido o julgamento.