As lavouras estão carregadas e o preço do quilo da amêndoa aumentou.
A expectativa é de aumentar ainda mais a produção em Medicilândia.
Na contramão da crise econômica vivida por diversos setores no país está a produção cacaueira no sudoeste do Pará. As lavouras estão carregadas e o preço do quilo da amêndoa aumentou em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa dos produtores é de aumentar ainda mais a produção.
As lavouras de cacau no município de Medicilândia ficaram cobertas de frutos maduros e a safra já é considerada uma das melhores dos últimos anos. Falta mão de obra para a colheita, os trabalhadores que fazem contratos de parceria com os donos das propriedades precisam fazer mutirão para dar conta da safra.
Além da alta produtividade das lavouras, os produtores de cacau da região da Transamazônica comemoram o bom preço do fruto: um quilo de amêndoas secas já pode ser comercializado a mais de R$ 8. Em safras passadas, o preço variava de R$4 a R$ 6,50 o quilo. Com o aumento, os produtores também planejam investir na melhoria da qualidade das amêndoas para ganhar mercados mais competitivos.
"Sempre a gente tem que procurar melhorar para agregar um valor a mais no produto numa mesma área plantada e tentar ganhar um pouquinho mais com isso”, afirma o produtor de cacau Olívio Trzeciak.
Segundo maior produtor do país
O Pará é o segundo maior produtor de cacau do Brasil, sendo superado pela Bahia. Em 2015, a safra de cacau do estado deve chegar a 100 mil toneladas de amêndoas, sendo Medicilândia responsável pela produção de 41 mil toneladas.
"Nossa estimativa é que chegaremos a 2022 com o estado do Pará produzindo em torno de 250 mil toneladas de cacau. As avaliações que a gente faz no momento é que nós temos superado as metas previstas para cada ano”, afirmou o superintendente da Ceplac, Jay Wallace.
E a busca pela melhoria da qualidade das amêndoas levou reconhecimento para o produtor Jedaides Benicio Carvalho, que é considerado um dos melhores produtores do Pará. Amostras do cacau colhido por ele foram selecionadas pela Ceplac e o produtor foi convidado para participar do Salão do Chocolate, em Paris, no final do ano.
