Senha do superintendente do Ibama foi usada em fraudes, afirma polícia
Doze pessoas foram presas suspeitas de fazer parte do esquema.
A polícia estima que a quadrilha tenha faturado R$ 11 milhões.
As prisões foram nos estados do Pará, Alagoas e Maranhão. No Pará, documentos e computadores foram apreendidos em condomínios de luxo na capital paraense. Um empresário foi preso no bairro Batista Campos e outro no bairro do Bengui. Os mandados foram cumpridos durante a madrugada e três pessoas continuam foragidas.
Os presos são suspeitos de ter invadido o sistema de comercialização e transporte de produtos florestais da secretaria de meio ambiente, o Sisflora. O objetivo era a venda de crédito de exploração de madeira que só poderiam ser conquistados com a apresentação e aprovação de um plano de manejo, um documento técnico que detalha a utilização dos recursos naturais.
O esquema começou a ser desvendado depois que um dos integrantes foi assassinado em Uruará, no dia 27 de Fevereiro de 2015 por volta das 15 horas, foi alvejado com 3 tiros na cabeça, a vitima, Ananias Alex Silva Dos Santos, morador do Município de Tailândia no Para, que
estava em Uruará a uns dias, também já trabalhava no ramo madeireiro. Segundo informações os pistoleiros chegaram em uma motocicleta BROSS vermelha, onde 01 desceu da moto e efetuou 5 tiros acertando 3 na vitima que morreu no local do crime.
No celular da vitima a polícia encontrou mensagens que entregavam a fraude. A polícia estima que a quadrilha tenha faturado R$ 11 milhões. A partir de segunda-feira (24), haverá o interrogatório das pessoas envolvidas. "A gente vai então, com a documentação apreendida, analisar e com certeza deflagrar uma segunda fase", afirmou a delegada Juliana Cavalcante.