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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Emater investe no resgate da pimenta-do-reino em Uruará

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Uruará, no oeste do estado, está conduzindo um processo de resgate da pimenta-do-reino, produto com grande potencial de mercado. A cultura teve seu auge no município nas décadas de 80 e 90, mas acabou sendo dizimada pela fusariose, que não tem cura. “Podemos dizer que a história de Uruará deve muito à cultura da pimenta. A atividade que contribui muito para o desenvolvimento socioeconômico da região, mas fusariose levou tudo. A pimenta agora vai voltar com um novo perfilo”, aponta o técnico em agropecuária da Emater, Domingos Santos. Segundo ele, a proposta inicial é assessorar nove agricultores do assentamento federal Rio do Peixe, localizado no km 190 Norte, da Transamazônica, e mais seis de vicinais próximas, que há alguns anos resolveram começar a plantar pimenta em áreas sem incidência de doenças.
A média de área por famílias é de meio hectare, com até mil pés, que aos poucos devem ser readequados sob um sistema de semibosque, onde são intercaladas faixas de pimenta com faixas de essências florestais da região, como jarana e tacajuba. As árvores de grande porte propiciarão sombreamento, prolongando o ciclo de vida da pimenta.
Além disso, outras mudanças nos tratos culturais devem ser orientadas, como a substituição da capina com enxada por roçagem e de adubação química por adubação orgânica. “Também temos um plano de conscientização dos agricultores interessados, no sentido de ajudá-los a plantar de forma protetiva contra a fusariose, especificando tratos culturais. As ações prevêm visitas, reuniões e até a publicação futura de uma cartilha”, diz Santos. Da Redação Agência Pará de Notícia