Na próxima semana, 2.400 famílias que moram em vicinais da Transamazônica, na região de Uruará, começarão a receber visitas direcionadas da equipe do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para que seja emitido o Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades. A meta de regularizar a situação das áreas que estão sob a posse dessas comunidades produtoras é indicada por um convênio entre a Emater e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e deve ser cumprida até meados de 2014. “O trabalho vai se diferenciar a partir do treinamento continuado para nós, técnicos que atuam no município de Uruará, e do apoio que receberemos tanto do escritório regional de Altamira, que é nossa jurisdição responsável, quanto do escritório local de Placas (município vizinho)”, explica o técnico em agropecuária da Emater, Domingos Santos. As famílias a serem registradas têm como principais atividades a lavoura de cacau e a pecuária. Justamente por conta da necessidade de formação de pastagem para a criação de gado, algumas áreas apresentam mais de 50% de desmatamento. “A grande vantagem de Uruará, entretanto, é que no geral 60% da floresta nativa ainda estão em pé – e, se depender da atuação da Emater, continuarão preservados”, diz Santos. Ao longo de 2013 a Emater também promoverá reuniões com os produtores para conscientizá-los sobre a importância do CAR – que inclusive já é exigido pelo bancos na aprovação de novos contratos das linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Uma parcela dos agricultores ainda acredita que o CAR é meio caminho para que sejam multados. Mas a realidade é bem diferente disso: o CAR vem para monitoramento, regularização e benefício”, completa Santos. Texto: Aline Miranda - Emater