Saiu na Época
O delegado-geral da Polícia Civil do
Pará, Nilton Athaide, afirmou ao Diário do Pará que abrirá um novo
inquérito para apurar a origem da arma que matou a missionária americana
Dorothy Stang em fevereiro de 2005. A decisão tem como base dois fatos
novos. O primeiro é uma reportagem publicada pela revista Época em março deste ano com Amair Feijoli da Cunha ,
o Tato, condenado como intermediário do crime. Ele afirmou na ocasião
que o revólver usado no assassinato foi cedido por Marcelo Luz, na época
delegado da Polícia Civil de Anapu, onde Dorothy vivia. O segundo é o
recente depoimento do policial federal Fernando Luiz Raiol, que durante
três meses fez a segurança pessoal da missionária, além de ter
participado das investigações do crime. Ele confirmou as declarações de
Tato. “A arma foi entregue em um posto de gasolina de Anapu”, disse ao
Diário.
Foto: Divulgação |
Athaide recebeu uma cópia das
declarações do agente federal Raiol. Ao Diário, anunciou que determinará
a abertura de inquérito para apurar as acusações. Ele disse que os
fatos narrados precisam ser esclarecidos pelas pessoas envolvidas. “É
preciso verificar se houve apuração dessas denúncias na época e qual foi
o resultado. Se não houve, isso terá de ser feito”, afirmou.
Uma reportagem publicada na revista Época no ano passado revelou
que Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, coautor do crime, se
aproveitou do regime aberto, que permite passar o dia livre, para não
mais voltar. Estava foragido, e nem mesmo os juízes que julgaram o crime
sabiam do ocorrido. Em março deste ano, o intermediário Tato deu
detalhes do envolvimento de Marcelo Luz com o assassinato em nova entrevista .
(Aline Ribeiro)