Marcelo de Lima Conceição, 28 anos, está preso em Uruará, por crime de incêndio intencional. Ele foi detido pela equipe da Polícia Civil, sob comando do delegado Manuel do Espírito Santo, ontem, após ter provocado incêndio que destruiu três imóveis - uma residência e dois pontos comerciais, no município. O crime se registrou por volta das 19 horas de domingo passado, 25. De acordo com informações da dona da casa e do bar consumidos pelo fogo, Emília Luzia dos Santos Neto, 30, o acusado é seu ex-companheiro. O crime, segundo a mulher, foi motivado pelo fato de Marcelo estar inconformado com a separação gerada por ciúmes dele. Ainda, conforme o depoimento dela, ele teria provocado o incêndio após fazer ameaças a ela e aos seus dois filhos. O casal já estava separado havia quatro meses.
Ainda, segundo Emília, Marcelo Lima da Conceição começou a ingerir bebida alcoólica naquele bar à noite depois de chegar da serraria onde trabalha. A mulher afirmou que, com medo de ser agredida fisicamente pelo acusado, pois ele já lhe havia agredido anteriormente, resolveu sair de casa situada ao lado do bar. Contudo, pouco tempo depois, ela foi avisada por populares que a casa e o bar estavam em chamas. A mulher contou ao delegado que o fogo se alastrou rapidamente para outro comércio situado ao lado do bar. O dono do estabelecimento conseguiu salvar parte da mercadoria do comércio, mas parte dos produtos foi saqueada por pessoas da área. A Polícia Militar foi acionada para conter os saques no comércio.
A guarnição formada pelos soldados Caxiado e Vilar sob comando do sargento Ivaldo, ao chegar ao local, foi ameaçada por alguns dos populares que exigiram dos policiais que apagassem as chamas. Segundo informaram os policiais militares, a guarnição do Corpo de Bombeiros Militar era aguardada no local. Com o aumento do tumulto, a Polícia Civil enviou reforço ao local para controlar a situação com as prisões de dois cidadãos por desacato à autoridade. Marcelo Conceição fugiu do local do incêndio, mas foi preso na manhã do dia seguinte pelos investigadores Eládio e Tadeu. O delegado Manuel do Espírito Santo o autuou em flagrante pelo crime.