Prefeitos e vereadores da região da Transamazônica manifestaram total apoio à construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em carta aberta entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à governadora Ana Júlia Carepa na tarde desta quinta-feira (06), em reunião no auditório do Palácio dos Despachos, sede administrativa do Governo do Pará. Na carta, as lideranças políticas reiteram a certeza de que a obra promoverá o desenvolvimento da região.
A expectativa dos prefeitos é quanto à realização do ato em defesa de Belo Monte, previsto para o mês de junho, que deve contar com a presença do presidente da República. "Estamos de acordo com a hidrelétrica, porque sabemos que ela representa o desenvolvimento para o Pará, para a nossa região e para todo o país", disse o presidente do Consórcio Belo Monte e prefeito de Anapu, Francisco de Assis dos Santos Sousa, o "Chiquinho do PT", ao entregar o documento ao presidente Lula.
Segundo ele, além de manifestar publicamente o apoio à construção da hidrelétrica, o objetivo do documento é garantir que o projeto trará benefícios à população local, como o crescimento do setor industrial e geração de empregos.
Eraldo Pimenta, o presidente da Associação dos Municípios da Transamazônica (Amut), reiterou o que disse o prefeito de Anapu, e ressaltou que os prefeitos estavam ali para ouvir, do próprio Lula, a garantia de que as empresas vencedoras da licitação de Belo Monte cumprirão os acordos de compensação, como o investimento de R$ 500 milhões na infra-estruturar da região. "Queremos um empreendimento com condições de desenvolvimento", declarou ele.
Na mesma direção - A governadora Ana Júlia Carepa disse não ter dúvida de que a hidrelétrica permitirá o desenvolvimento da Transamazônica e do restante do Pará. Ela garantiu que a obra fará com que a energia fique no Estado, para que haja a transformação da riqueza mineral pela indústria no próprio território paraense."Com isso, presidente, caminhamos na mesma direção: governo e povo. A pobreza no Pará não é ficção e, para combatê-la, precisamos da energia elétrica de Belo Monte", enfatizou a governadora.
Lula ressaltou que há 30 anos se discute no Brasil a construção da hidrelétrica de Belo Monte e disse que, ao estar na presidência do país, descobriu o potencial energético hídrico brasileiro, em especial o da região amazônica.
"É uma energia limpa, não poluente e barata. Ao defender a hidrelétrica, não defendo as mazelas do passado, que não respeitaram os povos ribeirinhos, a população indígena e os recursos naturais. Não podemos prescindir de um bem que Deus deu para o Estado do Pará, porque o Estado não pode mais ser exportador de matéria prima e depois importar produtos a peso de ouro", afirmou o presidente.
Ele concluiu o encontro com os prefeitos comentando que muita gente defende outras formas de produção de energia, como a eólica, porém "nenhuma é mais barata, menos poluente que a hidrelétrica". Para o presidente Lula, Belo Monte é um projeto que busca respeitar o meio ambiente e o povo brasileiro.