Pará - A embarcação Almirante Barroso já está ancorada em Monte Alegre. Rebocado na última segunda feira, o barco foi levado ao município por volta das 17h30, uma semana depois de naufragar no rio Amazonas.
No acidente, 14 pessoas morreram, 97 sobreviveram e uma continua desaparecida. As buscas para encontar Edna Palheta Viana, 34 anos, de Almeirim, encerraram ontem, segundo informou a Capitania dos Portos de Santarém.
A hipótese mais provável é de que o corpo da passageira tenha sido arrastado pelas águas do rio Amazonas para bem longe do local onde a embarcação naufragou, após bater num banco de areia. Hoje as bagagens dos passageiros serão entregues pela Polícia Civil de Monte Alegre aos sobreviventes e às famílias das vítimas fatais do naufrágio. Ainda esta semana, a Capitania dos Portos abrirá inquérito administrativo para apurar as causas do acidente. O procedimento tem prazo de 90 dias para ser concluído.
O proprietário da embarcação, Adamor Ferreira Barroso, atribuiu ao comandante, Raimundo Maciel, que está preso preventivamente, a responsabilidade pelo acidente. “Eu não estava na embarcação. A responsabilidade toda é do comandante. O barco é novo, tinha tudo de tecnologia sonar, GPS, bússula e outros equipamentos que nem sei o nome”, disse.
O barco tinha um ano de uso e foi construído em um estaleiro de Santa Maria do Uruará, distrito de Prainha, mas até a data no naufrágio o barco não havia sido registrado na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A embarcação foi totalmente içada com a ajuda de uma balsa e três barcos de apoio, que retiravam água do porão. O major do 4º GBM, Augusto Lima, descartou as chances de se encontrar novos corpos presos aos destroços. Segundo o militar, os trabalhos de resgate já encerraram. As próximas etapas ficam agora com a Marinha.
Diário do Pará